terça-feira, 26 de maio de 2009

Crescendo e aprendendo

Shalom!

Uma hora a gente cresce e aprendemos algumas coisas que nos faz bem. Às vezes na ânsia de acertar cometemos equívocos que são frustrantes. O discipulado que Cristo ensinou é uma tarefa árdua e difícil, porque exige de nós abnegação. Mas a grande crise, não é a questão da abnegação em favor de Cristo, mas sim em esbarrarmos em algumas coisas que estão bailando no discipulado.

Quando coloquei a idéia de ser discípulo na minha cabeça, achei que deveria seguir e até mesmo imitar, pois foi o que Paulo disse: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (I Co 11.1). Mas nessa ânsia me frustrei. Pelo seguinte, o discipulado muitas vezes é mal interpretado e você acaba sendo visto como uma pessoa sem identidade, taxado, rotulado como alguém que está apenas invejando, no lugar de estar somando, ou até mesmo sendo discípulo.

Mas o pior não é isso. Às vezes você é mal visto pelo fato de querer ser igual, não em nível de igualdade moral ou intelectual, mas de utilidade no Reino de Deus. Porque admira, porque tem com referencia. Então agente cresce e percebe que esse também é o preço do discipulado. Mas se você não estiver preparado, pode sucumbir e desistir até da caminhada. Cheguei até a pensar em parar de pregar, por causa de duras criticas que vinha sofrendo. Mas estou aprendendo, talvez “crescendo”, espero.

Então me deixa compartilhar algumas lições preciosas que tenho aprendido no discipulado:

Em primeiro lugar, lembre-se que você deve ser primeiro discípulo de Jesus Cristo. Quando digo isso me lembro que a igreja em que realmente fazemos parte é da igreja universal que se caracteriza pela “Multiforme sabedoria de Deus” (Ef 3.10). Existem pessoas e mais pessoas que estão espalhadas por toda face da terra servindo ao Senhor de forma que podem em algum nível ser “imitadas”. Podemos tirar qualidades de múltiplos lugares sem perder a nossa identidade. Em segundo lugar, não se esqueça que você é que escolhe os seus ícones e modelos a seguir, pessoas que realmente tenham as marcas de Cristo, ninguém pode lhe forçar a nada. Isso se chama equilíbrio, quando passamos a fazer as nossas próprias escolhas sem que haja uma má interpretação. Em terceiro lugar, se você frustrou-se, não precisa abaixar a cabeça, a graça de Deus é o suficiente para mostrar-nos que temos um grande valor para Deus e podemos ser uma benção, sabendo fazer uma triagem de tudo que absorvermos e vemos. Em último lugar, na grande maioria das vezes o que as pessoas pensam ou dizem de você, não é o que Deus diz. Então não fique tenso ou tensa! Descanse, ninguém pode matar sua esperança.

Hoje continuo minha ânsia pelo discipulado, mas percebo que em todos os arraias, há modelos a serem seguidos, de pastores a nobres irmãs e irmãos de cabelos grisalhos, de crentes maduros a novos convertidos que chegam à igreja com uma simplicidade singular.

Vejo em cada expressão, algo de Jesus de Nazaré e creio que a cada dia minha identidade vai sendo jornada, no calor do abraço, no olhar terno da criança, no sorriso de um irmão, na experiência do ancião, até que chegue a estatura do varão perfeito. Ah e continuo pregando o evangelho sem mascaras ou remendos, mas com a minha própria maneira de ser. Tenho meus ícones, meus referenciais e olha que não são poucos, mas o suficiente para me trazer equilíbrio, fixando firmemente os meus olhos em Jesus, autor e consumador de nossa fé.

Paz seja convosco!

André Santos

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