quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deus não comunga com os triunfos dos soberbos

Conta-se na tradição que os imperadores romanos enviavam as suas legiões de soldados para as batalhas sempre na liderança de um comandante. Todas as vezes que o exército voltava com a vitória, havia uma cerimônia civil onde o comandante era publicamente homenageado e eram exibidas as glórias das vitórias romanas. Essa cerimônia tinha o nome de triunfo. Em nossa cultura atual, esse termo ganhou o cunho de vitória.

Na história vemos vários registros de triunfos, desde a história antiga, medieval e moderna. Em diversos segmentos homens, mulheres, exércitos, reis, imperadores, enfim, um número infindo de pessoas que obtiveram vitórias magníficas ao longo dos anos.

Mas uma coisa fica muito claro na história, Deus não comunga com o triunfo dos soberbos. Deus não se agrada do triunfo daqueles se exaltam diante das vitórias.

Se buscarmos, veremos que todos os reinos desse mundo passam. O que não dizer do reinado de Alexandre o Grande (séc. IV a.C), a marca que ele deixou na história é inegável, mas o seu reino passou. Imperados romanos tais como Nero (séc. I d.C) que governou de forma tirana, a um Constantino que governou de forma mais pacífica, sem contar o general Tito (séc. I a.C), famoso por ser o líder do massacre de Jerusalém, todos eles passaram.

Temos na Bíblia Sagrada, vários exemplos daqueles que foram soberbos diante de vitórias que não lhes pertenciam à glória. Saul é um desses exemplos. Em (I Sm 15.13-21) ele cometeu alguns equívocos quando achou que poderia fazer o que bem entendia diante de uma vitória. Achava que em seus triunfos, seu nome deveria ser tributado. O que não dizer também do rei Belsazar (Dn 5) que usou os utensílios da Casa do Senhor, que seu pai Nabucodonosor havia trazido de Jerusalém, em uma de suas festas pagã. Deus não se agradou deles.

Quando os triunfos vierem em nossas vidas, nunca podemos esquecer que a glória pertence a Deus. Seja em que área for, não podemos achar que nossas vitórias nos glorificam e nem servem de status de vingança como que dizendo: “Ta vendo que Deus é por mim?”. Nunca em nossos triunfos, devemos colocar o “dedo em riste” no rosto do próximo, mesmo aqueles que achamos que nos feriram e dizermos: “Você está vendo aqui o que aconteceu comigo?” Nunca nos esqueçamos que somos dependentes de Deus e que sem a graça Dele não podemos nos mover ou viver.

Se um dia, as portas forem se abrindo no seu caminho, as coisas começarem acontecer, o sol da justiça nascer sobre a tua vida, nunca escarneça dos que supostamente não acreditem em você, não deixe que a soberba cresça em seu coração. Peça a Deus graça para que possa humildemente se porta diante dos triunfos, das vitórias obtidas no caminho.

Os triunfos dos soberbos, dos humildes, sempre terminam da mesma forma, mas a grande diferença está em quem é glorificado e que tipo de rastro deixamos na história.

Que aprendamos a caminhar como caminhou Jesus de Nazaré que sempre deu glórias a Deus em todas as suas obras e em todas as vitórias. Faça como Paulo que diante das mais difíceis situações que sobrepujou disse: “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento” (II Co 2.14).

Paz seja convosco!

André Santos

Um comentário:

Bruno Jardim disse...

Que Deus possa continuar te usando ...
Gostei do seu blog ! Já me tornei seguidor !!

abraços